Em entrevista à Reuters nesta terça-feira, Costa disse ainda que o governo "neste momento não tem uma empresa capaz de tocar um empreendimento desta magnitude", ao ser questionado sobre a possível reativação da Telebrás para liderar a universalização da Internet rápida no país.
Para o ministro, o plano deve incluir incentivos fiscais, crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e uso de infraestrutura de transmissão de dados do governo que está subaproveitada, entre outras coisas.
O governo de São Paulo lançou na última semana um programa de banda larga popular com preço de R$ 29,80 por mês. Para Costa, esse valor pode ser bom para o estado do sudeste, mas é alto se consideradas regiões mais pobres do país, como o Norte.
- De repente se pode fazer banda larga por R$ 9,90 - disse o ministro, destacando que o objetivo é que todo o Brasil tenha acesso veloz à web num prazo de até cinco anos - É um projeto do próprio presidente, de querer na última etapa do seu governo estabelecer no mínimo o começo, a implementação da primeira fase de um plano nacional de banda larga - afirmou Costa.
Na semana passada, operadoras de telecomunicações privadas manifestaram o desejo de participar do plano de universalização da banda larga, durante a feira do setor Futurecom, em São Paulo. O conselheiro da Oi Otávio Marques de Azevedo, que preside a holding Andrade Gutierrez, criticou fortemente a ideia de ressuscitar a Telebrás, aventada por alguns técnicos do governo.
Outra demanda do setor é a retomada dos leilões de frequências para garantir que o aumento da oferta de serviços seja suportado. Costa disse que o governo está trabalhando para realizar licitações no primeiro trimestre de 2010 e afirmou que questões técnicas impedem a oferta de frequências "na pressa com que querem as empresas".
O governo pretende oferecer frequência usada para banda larga com tecnologia WiMAX e a de 450 MHz que deseja usar para telefonia móvel em áreas rurais, segundo Costa. O governo está tentando solucionar problemas causados pela interferência entre o WiMAX na frequência 3,5 GHz e a televisão banda C, com 20 milhões de antenas no país.
- Até o final do ano nós resolvemos essa questão do 3,5 GHz com WiMAX, senão vai ser o caos